Num mundo de globalização, massificação e, principalmente, de falta de tempo de se dar o direito a qualquer prazer; o luxo pode ser associado a diferentes significados dependendo do estilo de vida, da própria renda ou até da criação que se tem individualmente; embora o apreço pelo luxo seja de todos, mas muitas vezes com sentidos diferentes.
Diante de tantas definições de luxo que os autores atuais e clássicos se baseiam buscamos nos focar em uma delas que se distingue pelo carácter prático. A autora Danielle Allérès, fundadora e diretora do curso superior especializado Gerência das Indústrias de Luxo e dos Ofícios de Arte da Universidade de Marne-la-Vallée, define como produto de luxo todo aquele que é “fora do comum ou do trivial, extraordinário, sinônimo de beleza, de estética, de refinamento, produto mágico, com as marcas da sedução, objeto lúdico, evocativo de sonho, de prazer, promessa de felicidade, é qualificada como prestigiosa, de alta classe, inacessível produto de luxo”.
De acordo com André Cauduro D´Angelo, autor do livro "Precisar, Não Precisa - Um Olhar Sobre o Consumo de Luxo no Brasil", o prazer da compra por artigos luxuosos proporcionam ao consumidor experiências únicas que é um dos atributos mais desejados por todos os negócios. O que para tais empresários, donos desses negócios, proporciona a satisfação de sucesso e estes poderão a partir de seus próprios negócios realizar e atingir seus desejos de luxuria criando um ciclo de “ganho” para ambos os lados.
O Luxo Conceitual, texto de Virginia Postrel, mostra que o conceito não é tudo, pois aqueles que apreciam o luxo da matéria nem sempre sabem que o simples e, ou discreto podem ser muito mais significativamente luxuosos e requintados ao serem comparados com o extravagante.
Contudo, o luxo vem se adaptando aos novos tempos e deixando de ser apenas produtos e marcas e passando a ser uma experiência. Portanto, podemos adaptar este conceito para definir luxo como algo que seja toda e qualquer experiência, tanto de um produto ou de um serviço que se diferencie pelo acesso, ou seja, que extrapole o trivial e se torne acessível apenas para um determinado grupo de pessoas que dispõe de condições monetárias e do desejo por um objeto semelhantes. Finalmente, estes consumidores se agrupam não só por sua condição financeira privilegiada mas também pelo estilo de vida que compartilham.
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